As nossas (in)formações
Nos passados dias 3, 4 e 5 de fevereiro decorreu no Centro de Formação do Hospital de Dona Estefânia um curso básico subordinado ao tema Cuidados Paliativos Pediátricos.
Tivemos a possibilidade de participar e ficar mais informadas sobre esta área, tão importante para muitas das crianças e jovens que temos vindo a acompanhar ao longo de tanto tempo.
Da formação de três dias fizeram parte os seguintes pontos:
- Princípios gerais dos Cuidados Paliativos;
- Especificidades dos Cuidados Paliativos Pediátricos;
- Panorama nacional e internacional;
- Organização de serviços;
- Questões éticas em Cuidados Paliativos Pediátricos;
- Comunicação e relação com a criança e família;
- Controlo de Sintomas;
- Perda e Luto;
- Acompanhamento espiritual e psicossocial em Cuidados Paliativos Pediátricos;
- Do hospital para casa – a experiência da UMAD do Hospital de Dona Estefânia;
- Cuidados Paliativos Pediátricos na comunidade;
- Intervenções lúdico-pedagógicas em Cuidados Paliativos Pediátricos.
Saímos desta formação conscientes de que a área dos Cuidados Paliativos Pediátricos ainda é muito pouco conhecida em Portugal pelos profissionais de saúde em geral, mas que conta com uma equipa de pessoas (médicos, enfermeiros, terapeutas…) – Grupo de Trabalho para os Cuidados Paliativos Pediátricos – nomeada pelo Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da saúde, muito empenhada em mudar o panorama nacional.
O relatório elaborado por este grupo de trabalho parece-nos de grande interesse para todos nós e poderá ser consultado na página da Associação de Cuidados Paliativos Pediátricos.
No dia 27 de fevereiro decorreu o 1º Encontro de Docentes Educação e Saúde – Caminhos Cruzados, promovido pelo Hospital Pediátrico Integrado/Centro Hospitalar de São João, para o qual fomos convidados pelos três professores anfitriões do evento que aí prestam funções docentes.
Foi um sábado intenso em que, depois da abertura dos trabalhos pelo Diretor do HPI e pelo Delegado Regional da DGEstE-DSRN, se ouviram educadores de infância, enfermeiros, médicos, pais, professores e psicólogos falar sobre educar e brincar, intervenção educativa em contexto hospitalar, apoio psicológico, cooperação em saúde; e sobre dificuldades de aprendizagem, perturbações do espectro do autismo, o cancro, as doenças metabólicas; bem como do projeto Comer bem para correr melhor, do Programa Educação para a Saúde e do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância.
Foi delineado um programa muito abrangente com variados pontos de interesse e contacto, nomeadamente nas áreas do apoio social, da enfermagem, da pedagogia, da pediatria, da pedopsiquiatria e da psicologia – caminhos cruzados de profissionais ao serviço da criança/jovem.
E porque a partilha de saberes multidisciplinar e entre colegas conta, deixamo-vos um folheto de divulgação da HOPE (organização europeia de professores em hospital) e chamamos a atenção para o seu congresso anual com o tema “Migração, Multilinguísmo e Necessidades Médicas – Pedagogia para o século XXI”.