Mudaram-se os tempos…

… mudaram-se as vontades e nada voltará a ser como era. Esperemos que nunca nos falte a confiança para seguir em frente.

Persistir é a palavra de ordem num mundo a lutar pela sobrevivência. Persistir é, de há longa data, a palavra de ordem dos professores das escolas de hospital.

Há muito que trabalhamos no ensino a distância, porque dele sempre dependerá a inclusão e a continuidade do percurso escolar de cada aluno internado. E não tem sido fácil!

Pela primeira vez, sentimos que a escola de hospital conseguiu o feed-back e a interação de todas as escolas de origem dos alunos, sem tempos angustiantes de espera, sem perguntas sobre a legitimidade deste processo de ensino. Pela primeira vez, estivemos todos no mesmo barco.

Esperemos que, doravante, mesmo sem pandemia, se tenha consciência do significado desse isolamento, pois haverá sempre, infelizmente, alunos em isolamento doméstico ou hospitalar.

No CMRA, os alunos internados tiveram o apoio pedagógico presencial da professora do projeto TeleAula, assim como os que tiveram alta hospitalar continuaram a beneficiar desse mesmo apoio.
À distância de muitos quilómetros, surgiram alguns trabalhos de quem nasceu para a Arte.

Pormenor de um rosto: um olho desenhado a lápis de carvão.

Um trabalho feito segundo a técnica de origami, representando um dragão articulado, composto por inúmeras pequenas peças que se encaixam.

A árvore generosa, de Shel Silverstein, A floresta da preguiça, de Sophie Strady, e Era uma árvore…, de António Torrado, serviram de mote para a construção de um livro-árvore, assim como o debate surgido serviu para consolidar conteúdos programáticos e repensar atitudes diárias em prol da sustentabilidade do Planeta Terra.

O respeito pelos seres vivos, uma atitude proativa e simultaneamente compassiva com a Natureza envolvente foram os valores passados a estes alunos.

Os alunos semearam, ainda, sementes de macieira em vasos individuais devidamente catalogados para irem observando o crescimento dos rebentos.

Um aluno aperta entre os dedos uma semente de maçã para colocar dentro de um vaso com terra.

Os três livros mencionados no artigo em cima da mesa e os alunos à volta à espera da leitura.

Um aluno mostra o seu livro-árvore aberto com desenhos e frases.

Três livros-árvore acabados.

No sentido de aprofundar um melhor conhecimento de si próprio e da diversidade natural, social e cultural de outros povos, a leitura oral do livro A surpresa de Handa, de Eileen Browne, Editorial Caminho, permitiu desenvolver atividades que abordaram vários componentes do currículo como Estudo do Meio, Português, Matemática, Educação Artística e Cidadania e Desenvolvimento.

Procurando sempre privilegiar atividades práticas como parte integrante e fundamental do processo de aprendizagem, os alunos tiveram a oportunidade de explorar os seus sentidos através de alguns frutos que observaram (cores, formas e texturas), cheiraram e degustaram.

Construíram um livro coletivo, em forma de leporello, para representar o itinerário que a Handa fez para chegar à aldeia da sua amiga Akeyo.

Com a impressão de vários tipos de carimbos e a construção de duas palhotas, a aldeia temporária surgiu enfeitada com pedras, cascas de árvore, folhas e pauzinhos. A história foi recontada ao som de alguns instrumentos musicais. Encontrar as palavras para nomear cada animal e fruto foi um jogo divertido.
Ainda houve quem quisesse pintar uma tela para representar a Handa que passou a chamar-se “a menina do quadro”!

Uma aluna pinta uma tela com a figura da protagonista da história "A surpresa de Handa".

A pintura terminada e assinada pela aluna.

Os alunos cheiram frutos.

Os frutos dispostos em cima de uma mesa, alguns inteiros, outros em frascos.

Dois alunos constroem a aldeia e enfeitam-na com pedras, cascas de árvores e galhos.

A aldeia quase terminada e o itinerário de Handa feito com uma folha dobrada em leporello.

Os alunos constroem o seu livro coletivo, seguindo as instruções do livro da autora Eileen Browne.

Uma aluna utiliza o rolo para espalhar a tinta num cartão estriado que servirá de carimbo.

Os alunos a construirem o seu livro coletivo.

O livro coletivo terminado.

Os alunos colam as palhas no teto das palhotas.

Pormenor da aldeia: pedras, cascas de árvore criam uma paisagem à volta do livro coletivo.

Deu-se início às aulas de literacia de código na plataforma online ubbu. Foi o princípio de uma viagem pelo mundo da computação com a aprendizagem de novos conceitos e a apropriação de ferramentas como o teclado e o rato. Os conteúdos destas aulas estão alinhados com as matérias de outras disciplinas, como Matemática, Ciências ou Português, e ainda com os Objetivos das Nações Unidas.

O Limpa-Lixo e a Fada Princesa foram dois robôs, planeados e construídos com materiais recicláveis, que resultaram de uma proposta feita por este projeto.

Os alunos a trabalharem na plataforma ubbu: cada um em seu computador.

Planificação de um robô e estudo das formas geométricas.

O aluno mostra o seu robô.

A aluna mostra a sua robô.

O Cuquedo, de Clara Cunha e Paulo Galindro, editora Livros Horizonte, foi a história mais lida e recontada. Com o auxílio de animais em pvc, os alunos fizeram leituras dramatizadas (exploração de diversas entoações e ritmos), treinaram a numeração ordinal e decimal e ainda descobriram as principais características dos animais intervenientes na história.

Animais em pvc prontos e alinhados para o reconto da história "O Cuquedo".

O elefante cor-de-rosa, de Luísa Dacosta, e O meu nome é…, de Rita Correia, falam de um arco-íris, de esperança e da vontade de ultrapassar obstáculos.
Para comemorar o Dia Internacional do Enfermeiro, os alunos construíram um arco-íris em forma de coração e um livro para oferecer aos enfermeiros do CMRA.

Preenchimento de uma ficha de leitura sobre o livro "O elefante cor-de-rosa".

Um aluno escreve mensagnes no livro para oferecer aos enfermeiros.

O arco-íris em forma de coração no gabinete dos enfermeiros.

Muita saúde para todos os nossos leitores e boas férias.

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